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Partes secundárias de uma PCH

Muito se falou em posts anteriores a respeito das principais partes de uma PCH. Citamos motores, geradores, turbinas, barragens, casa de máquinas, dentre outras, as quais todas encontram-se no blog. Todavia, nem só com elas, somos capazes de caracterizar e construir uma central hidrelétrica. Abaixo, sucintamente, serão apresentadas as constituições secundárias de uma PCH, que, embora as sejam, são de suma importância e auxílio às principais.

Vertedouro:

Os vertedouros usados na PCH tem função de solucionar o extravasamento do excesso de água. O tipo de vertedouro normalmente usado é um vertedouro incorporado ao barramento de concreto. Secundariamente pode-se utilizar uma soleira de enrocamento com talude de jusante bem suave. E a escolha entre um tipo e outro dependerá do custo e benefícios entre as duas. O vertedouro deverá ser dimensionado para descarregar a vazão máxima determinada pelo projeto.

Chaminé de Equilíbrio:

A chaminé de equilibro é um reservatório de eixo vertical localizado no final da tubulação de adução de baixa pressão. Sua função é amortecer as variações de pressão, conhecido como o golpe de aríete. A instalação ideal da chaminé de equilíbrio é que seja instalada próxima a casa de força para reduzir o comprimento do conduto forçado e diminuir os efeitos do golpe de aríete.

Tomada d’Água:

Construída junto à barragem, tem por finalidade captar a água que irá acionar a turbina. Deve-se prever a instalação de uma grade grossa construída com ferros chato ou redondo e colocada na entrada do canal adutor a fim de impedir a passagem de grandes objetos. Deve-se prever, também, a instalação de uma comporta de admissão ao canal, principalmente se o canal adutor tiver mais de 100 metros de comprimento.

Canal de Adução:

É o canal responsável por todo direcionamento da a água captada pelo reservatório até a tomada d'água. Ela é necessária de acordo com geografia onde a PCH está localizada.

O canal adutor deve ter uma declividade muito pequena, indispensável para manter a água numa determinada velocidade (v), objetivando não reduzir a queda útil do manancial.

Esta velocidade depende, naturalmente da natureza das paredes e do fundo do canal. Nos casos mais desfavoráveis, pode-se chegar a:

v = 0,25 [m/s] – terra argilosa

v = 0,60 [m/s] – em areia grossa e argila

v = 1,25 [m/s] – leitos pedregosos

Em canais de alvenaria pode-se fazer (v) tão grande caso seja necessário, porém, para evitar perda da queda útil é conveniente, embora em paredes muito lisas, não ultrapassar a:

v = 0,80 >>>>>>>>>>> 1,25 [m/s]

Câmara de Carga:

É uma estrutura que tem por finalidade abastecer a Tubulação Forçada, amortecendo as alterações próprias da operação da PCH. Quando o Canal de Adução é substituído pela tubulação de baixa pressão, é comum termos a Chaminé de Equilíbrio no lugar da Câmara da Carga.

Tubulação Forçada: Tem a função de conduzir água captada sob pressão até a casa de força, onde as turbinas estão localizadas.

Canal de Fuga ou Canal de Restituição:

Tem função de direcionar toda a água que foi utilizado no processo até passar pelas turbinas na geração de energia elétrica, para o caminho natural do leito do rio.

Referências:

MALTA DE SÁ, C. Micro, Mini e PCHs: Pequenas Centrais Hidrelétricas. Terceira edição. Goiânia: Cléber Malta de Sá, 2012. 186 p.

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